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Uvas Usadas Nos Melhores Vinhos do Mundo
Apreciar um vinho é uma das sensações mais prazerosas da vida, e mesmo não sendo um especialista no assunto, é possível determinar as diferenças em sabores, aromas e qualidade entre os diversos tipos de uvas usadas pelos melhores vinhos pelo mundo.
A bebida que arrebata milhares de pessoas, possui uma variedade de videiras e o processo com que cada uma é semeada, colhida e armazenada, influência na qualidade do vinho consumido.
Confira agora o mercado do Vinho mundial e os tipos de uvas mais usadas para fazer os vinhos mais célebres do planeta.
Mercado do Vinho mundial
Em 2019, o faturamento do mercado do vinho mundial gerou mais de 370 bilhões de dólares. Até 2023 a espera, é que o faturamento seja superior aos 429 bilhões e o consumo médio de vinhos no mundo hoje, chega a 27 bilhões de litros ao ano.
Um dos mercados que aumentam o consumo anualmente é o Brasil, que hoje tem um consumo superior a 2%, algo que por décadas ficou muito abaixo, já que o consumo de vinho no país não é considerado uma tradição.
No Brasil, um dos vinhos mais apreciados no momento são os rosés, que tiveram aumento considerável nesta última década. Entre 2014 e 2018 por exemplo, o consumo de 1 milhão de litros, passou para 5 milhões de litros, crescimento de 278%.
A nível mundo, o mercado do vinho ainda tem espaço para crescimento, inclusive, em mercados antes não tradicionais nesse segmento. É o caso da China, considerado por muitos, um mercado em ascensão e atraente para investimento no setor nos próximos anos.
O mercado do vinho prevê um crescimento mais maduro e sustentável nos próximos anos, investindo em tecnologia e preços mais acessíveis a todos, na busca por outras classes sociais que tem uma visão distorcida sobre o vinho, como bebida apenas da elite.
A tecnologia a favor do melhor vinho
Um dos maiores incentivos do aumento do mercado do vinho mundial, é sem dúvida as novas tecnologias empregadas, para extrair o melhor das uvas e produzir vinhos ainda mais aprimorados, com notas mais claras e características, premiadas em qualquer bom evento de vinhos e apreciadas pelos sommeliers mais exigentes.
Independente do tipo de uva, a tecnologia empregada é um fator determinante para a qualidade do vinho que chega à mesa do consumidor.
O avanço em tecnologia no campo da vitivinicultura se inicia desde o plantio até o envase e comercialização, com processos que muitas vezes podem parecer simplórios, mas que fazem a diferença, como por exemplo, a poda correta de uma videira.
Hoje, a tecnologia de equipamentos e processos, cuidam desde as sementes, selecionando as melhores e criando espécies novas, passando por sensores que determinam a qualidade do solo e onde se deve semear e a colheita com a seleção das uvas mais propícias para um bom vinho.
As novas tecnologias se mostram interessantes até no setor de embalagens desses vinhos, onde garrafas com vidro mais fino, conservam melhor o produto e geram custos menores, com repasse ao consumidor de forma mais econômica.
Outro ponto é quanto a sustentabilidade em relação ao meio ambiente, já que rolhas para o envase, possuem zero emissão de carbono, garantindo mais saúde a cada gole e menos comprometimento da natureza a médio e longo prazo.
Mas independente da tecnologia, cada videira possui sua característica específica com um vinho diferente que através desses processos é valorizado em cada gota. Conheça os tipos de uvas e como é o processo de produção dos vinhos mais famosos do mundo.
Uva Cabernet Sauvignon
O vinho tinto não seria um grande sucesso se não existisse a Uva Cabernet Sauvignon Conhecida como a rainha das tintas, esta videira proveniente da França, precisamente da cidade de Bordeaux, é o tipo de uva mais difundido do mundo.
Ao contrário do que muitos podem pensar, a Cabernet Sauvignon não é uma videira natural, mas nasceu do cruzamento de outras videiras clássicas como a Cabernet Franc e a Sauvignon Blanc. Enquanto uma produzia uma tinta encorpada, a outra por sua vez oferece suavidade, fazendo um casamento perfeito e criando a Cabernet Sauvignon.
A primeira vez que a Cabernet Sauvignon foi falada, foi em meados do século XVII e desde então, se tornou popular, como a videira que produz o vinho que mais evidencia a fruta, além de cor e sabor forte e marcante.
Uma das maiores vantagens dessa videira, é sua versatilidade. Atualmente, todos os países que têm tradição na produção de vinhos, assim como aqueles que não possuem como o Brasil, cultivam a Cabernet Sauvignon e de alta qualidade em notas de sabor e aroma.
A vinha da Cabernet Sauvignon possui amadurecimento tardio e quando envasado, o vinho pode ser envelhecido por um longo período.
Além disso, o Cabernet Sauvignon garante um dos assemblages de maior sucesso entre vinhos de variadas espécies e com cortes adaptáveis em todo mundo.
Vai bem com carnes assadas e recheadas ao molho madeira. Queijos amarelos e fortes também são boas pedidas.
Uva Malbec
Uva francesa, mas que faz sucesso mesmo nas mãos dos argentinos, a Malbec é um vinho poderoso, de cor vermelho púrpura intenso e com notas adocicadas e prolongadas ao paladar.
Atualmente, os argentinos são os principais produtores desse vinho, da Uva Malbec se deram muito bem em terras sul-americanas, pois suas exigências são terrenos altos e planos, com dias quentes e noites mais frescas. Em baixas altitudes, o vinho Malbec perde sua consistência, por conta da acidez que tende a ser prejudicada.
Quando produzido do modo correto, tende a ser macio e com taninos acentuados, e sabores que vão de especiarias a flores e frutas como a cereja e frutas vermelhas.
Vai bem com carnes gordas como de um bom churrasco ou parrillada argentina.
Uva Pinot Noir
A Pinot Noir é uma videira elegante, com vinho sofisticado e um dos mais usados para fazer espumantes e champanhes. A Uva Pinot Noir também é uma uva francesa, da região da Borgonha e das mais tradicionais do mundo.
Dentre as uvas mais conhecidas, é também uma das mais frágeis por ser sensível e sofrer com adaptações quanto a clima e solo. As safras de Vinhos Pinot Noir por exemplo, podem mudar bruscamente de uma para outra, apenas por conta de mudanças climáticas ou do solo.
É um vinho com vermelho sangue, porém não tão encorpado como os outros vinhos mencionados. O sabor é mais delicado, aromas de ervas e flores, além de frutas como framboesa e amora.
Apesar desses sabores que são geralmente encontrados nesse tipo de vinho, como foi dito, as safras podem ter mudanças consideráveis por conta do terreno e clima, portanto é um dos vinhos que não podem ser definidos com precisão.
Por isso é raro o cultivo deste tipo de vinho em outras regiões do mundo, simplesmente por ser uma vinha muito delicada e que na Borgonha, encontra a união entre clima e solo perfeitos para seu desenvolvimento.
A Pinot Noir é considerada um tinto mais leve, fazendo um contraponto interessante com a Cabernet Sauvignon. Quando a ceifa é feita nos períodos frios, as uvas tendem a produzir um vinho mais ácidos e aromáticos. Nos tempos quentes, vinhos mais flácidos, com menos sabor.
Quanto ao champanhe, a Pinot Noir é a base dessas bebidas, sendo livremente cultivada na região de Champagne desde o século 15.
O Champagne a partir da Pinot Noir foi produzida através de um pequeno acidente: ao se acreditar que este vinho não mantinha boas qualidades em barris de carvalho, eram mantidos em garrafas, de modo que quando fermentavam numa segunda vez- processo comum em uvas brancas como da Pinot Noir- o dióxido de carbono ficava retido e transformava o vinho no champagne que conhecemos.
Vai muito bem com carnes magras, molhos leves e peixes como salmão.
Uva Merlot
O vinho Merlot é um dos vinhos mais tradicionais da região de Bordeaux na França e junto com o Cabernet Sauvignon, é considerado um vinho de família real. Esta videira é cultivada com sucesso em regiões de clima frio e solo úmido, porém muito adaptável a outros terrenos e climas, com poucas adaptações necessárias.
No Brasil por exemplo, o Merlot é bastante difundido no Rio Grande do Sul, onde o clima mais frio e solo mais úmido, confira em um vinho tupiniquim de aromas europeus bem intensos.
Com textura suave e acidez média, é bem encorpado e o vinho deve ser consumido ainda jovem, um dos poucos vinhos que envelhecidos, seu sabor não é enriquecido. Possui uvas bonitas com um azul bem aveludado e apreciado por enólogos de todo mundo.
O vinho Merlot é um dos mais populares quanto ao seu sabor e vai bem com inúmeros alimentos como peixes grelhados, carnes assadas e molhos com sabor de frutas e até hambúrgueres.
Uva Carménère
O vinho da Uva Carménère é tão antigo quanto grande parte dos vinhos citados, porém por conta de algumas confusões do destino e do tempo, foi dado como uma vinha extinta, até que em 1994 foi redescoberta e hoje, faz um dos vinhos mais apreciados e de sabor diferenciado do mundo.
O Carménère é uma vinha que provém da região de Bordeaux na França e passou por uma praga devastadora por volta do século 19, dizimando quase que por completa esta espécie.
O que não se sabia, é que europeus da região e que migraram para a américa do sul, mais especificamente para o Chile, levaram consigo exemplares dessa vinha, que passou a ser cultivada, mas confundida com vinhas de Merlot, por conta de suas semelhanças.
Somente em 1994 foi percebida as diferenças e a feliz surpresa de que a Carménère não só sobreviveu como se adaptou com sucesso a outra região, sendo hoje um dos vinhos chilenos de maior aceitação no mundo.
O sabor do Carménère é profundo e bem estruturado, não indicados para consumo na hora, por conta da sua potência. Os vinhos Carménère são jovens, já que foram descobertos a pouco mais de 25 anos, porém levando em conta a forma como eram armazenados no passado, podem durar com qualidade, entre 10 a 20 anos sem alterações.
As notas de sabor desse vinho possuem sabores entre o café e o chocolate, além de tons de cereja. Vai bem com queijo parmesão e mussarela, além de peru assado e azeitonas.
Uva Chardonnay
Conhecida entre os amantes de vinhos, como a rainha dos vinhos brancos, o vinho da Uva Chardonnay é da família da vitis vinífera e provém da região da Borgonha na França. Também é conhecido como Melon Blanc.
O Chardonnay oferece vinhos brancos com aromas variados, mais frutados cítricos nos climas frios e de frutas tropicais em climas quentes. Tudo depende do Terroir, ou seja, um equilíbrio entre clima e solo do local do cultivo das vinhas.
Por causa da Terroir, é que o Chardonnay que é produzido na América do norte será sempre diferente da América do sul, e ambas diferentes da Chardonnay clássica da Borgonha.
Mas isso é que faz dessa vinha versátil e saborosa, adaptável não só para vinhos, mas também para produção de espumantes e champagnes. Vai bem com peixes e frutos do mar.
Uva Sauvignon Blanc
O vinho da Uva Sauvignon Blanc é um vinho elaborado e desenvolvido como um dos vinhos mais elegantes e finos do mundo. Assim como o Chardonnay, o Sauvignon Blanc também é proveniente da família vitis vinífera, pertencente a uma das castas mais valiosas do planeta.
Com aroma mais complexo e estruturado, provém da Bordeaux na França e com as primeiras videiras e vinhos, datados do século 16 e 17. Refrescante, o Sauvignon Blanc desenvolve sabores diferenciados, conforme o terroir que foi cultivado.
Em climas quentes, os aromas são próximos ao de maçã e pêssego e nos climas frios, de maracujá e ervas. Vai bem com comidas orientais, massas com molhos suaves e queijos frescos.
Saiba mais sobre o Palco do Vinho
Neste Conteúdo, falamos sobre o mercado mundial do vinho, sua tecnologia básica e as uvas mais comuns na produção dos melhores vinhos, desde os mais conhecidos até os mais exóticos.
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